Neste ensaio, Gustavo Rubim chama a atenção, entre outras coisas, para o facto de o poema “A missão das folhas”, de Ruy Belo, depender da sua emissão. Este poema diz menos da missão das folhas propriamente dita que dos “seus quatro escassos, mas insubstituíveis, versos.”
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Em “A Segunda Tentativa”, Miguel Tamen analisa as famosas redondilhas de Babel e Sião de Camões e faz notar que, não obstante a evidente mudança de tom por volta do verso 201, há algo que permanece inalterado ao longo de todo o poema. Contra a tendência geral da exegese camoniana, Tamen sugere que a distinção entre dois tipos de poesia que é ensaiada no poema só pode ser descrita recorrendo aos disparates babélicos dos quais o poeta se pretende desfazer e que, por isso, da palinódia não se segue a expiação. A segunda tentativa, conclui, não só não redime o poeta dos erros da primeira como apenas consegue que neles reincida.
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Num dos capítulos de Anticrítico – Ensaios, José Blanc de Portugal, depois de apresentar a sua teoria sobre interpretação de poesia, dá exemplos de como a pôr em prática. O primeiro consiste na análise de um soneto de Jorge de Sena. Neste ensaio, propõe um método de “dissecar” poemas que consiste em passá-los, em primeiro lugar, para prosa, numa tentativa de tornar inteligível a complexidade sintática do soneto em causa, e em fazer depois uma paráfrase possível para o sentido de cada verso.
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